A Daimler Buses introduziu o motor a gás natural M 936 G,
estreado nos camiões Mercedes-Benz Econic, na gama de autocarros urbanos
Mercedes-Benz Citaro, que se vem juntar às motorizações Euro 6 já disponíveis
no mercado. A nova versão recebe a denominação NGT (Natural Gas Technology) e
será proposta nas variantes ‘standard’ de 12 metros e articulada de 18 metros.
O construtor alemão reivindica que o novo motor
Mercedes-Benz M 936 G é o mais compacto da sua classe, umavez que tem uma
cilindrada de 7,7 litros e tem um peso 747 quilogramas (já com conversor
catalítico), isto é, menos 230 quilogramas do que o motor que vem substituir de
12,0 litros. O motor Mercedes-Benz M 936 G foi desenvolvido com base no motor
diesel OM 936 e como tal possui uma arquitetura de seis cilindros em linha,
sendo montado em posição vertical no Citaro NGT. Este propulsor desenvolve uma
potência de 302 cv (222 kW) às 2.000 rpm e um binário de 1.200 Nm entre as
1.200 e as 1.600 rpm. As suas emissões situam-se bastante abaixo dos limites da
norma Euro 6. A Daimler Buses adianta que as emissões de um motor a gás natural
são 20 por cento inferiores às de um motor diesel equivalente. Por outro lado,
o motor a gás natural oferece uma ligeira vantagem em termos de potência e
binário: apenas acima das 2.000 rpm, o motor diesel é superior ao do gás
natural, mas esses regimes de rotação raramente são atingidos em aplicações
tipicamente urbanas.
O novo motor M 936 G está disponível no Mercedes-Benz Citaro
NGT em associação com caixas de velocidades automáticas com conversor de
binário da ZF ou da Voith. As suas relações são relativamente mais ‘curtas’ do
que as do motor diesel.
O Mercedes-Benz Citaro NGT recebe ainda novas ‘garrafas’ de
gás, cuja capacidade de 190 para 227 litros. Em comparação com o modelo
anterior, o novo Citaro NGT necessita de menos uma ‘garrafa’ para assegurar a
mesma autonomia, o que permite uma redução no peso entre 15 a 45 quilogramas,
em função do número de garrafas. Além disso, são fabricadas em material
compósito com revestimento em plástico e fibra de vidro. Esta combinação
oferece um baixo peso e uma elevada robustez.
Em termos de manutenção, a Daimler Buses anuncia intervalos
para mudança de óleo e de velas da ignição de 60 mil quilómetros, o que em
condições de operação urbana implica apenas uma revisão anual. Por Carlos Moura
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